quarta-feira, 18 de julho de 2018

Deambulações Fractais Brownianas


André Brown

"A imaginação é mais importante que o conhecimento."
Albert Einstein

A cada dia torna-se inevitável coexistir na diversidade, na adversidade, mergulhar e emergir no/do caos. Não se trata apenas de vivenciar as relações humanas, mas também de potencializar e realizar movimentos, experiências, identificar rastros marcados pelas deambulações de humanosmoléculas nos múltiplos e incessantes espaçostempos cotidianos.

Mesmo quando os movimentos são sub-reptícios e não deixam rastros aparentes, por vezes se faz necessário tentar perceber as lógicas que engendram as trajetórias invisibilizadas.  

Figura 1 - Sobreposição da trajetória do Movimento Browniano 
e a formação da crosta terrestre (André Brown / 2018).

Essas elucubrações provocam a imaginação, a curiosidade, o desejo e alguns insights na ânsia de compreender e grafar o caos cotidiano. Nesse movimento é tentador considerar trajetórias fractais já observadas, percorridas e reveladas por pesquisadores “Brownianos” de outras épocas:

O movimento browniano, o paradigma dos fractais aleatórios, foi observado pela primeira vez no século XIX pelo botânico escocês Robert Brown (1773-1858) e propriamente descrito por ele em 1827 como fenômeno físico. (SCHROEDER, 1991, p.40).

No entanto o conhecimento a priori de outras trajetórias fractais não constituem garantia de qualquer cartografia segura. Lançamo-nos, portanto, à investigação imprevista, buscando experiências de linguagens, culturas visuais híbridas e contemporâneas, sobre os fenômenos fractais aleatórios, seus atravessamentos e influências nas sociedades humanas. 


Figura 2 - Nebulosa imaginária  (André Brown / 2018).

Pretendemos utilizar as linguagens visuais e as tecnologias digitais para investigar, identificar, registrar, reconhecer e revelar as trajetórias brownianas na contemporaneidade.

Referências:

SCHROEDER, Manfred. Fractals, chaos, power laws: minutes from an infinite paradise. New York: Dover , 1991.

SAVI, Marcelo Amorim. Dinâmica não linear e caos. Rio de Janeiro: E-papers, 2006.